quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Papo Rente"

Não me busque na esmola
Estou nas mãos do mendigo que pede

Não me busque na beleza dos templos
Pois estou nos joelhos que se dobram,

Não me procure no mundo das ilusões transitórias
Me busque no fundo dos olhos...talvez possa me ver

Não procure por Mim em discursos e frases feitas
Estou na intenção que move a mão do poeta.

Não faça de Minha Presença algo a Ser Alcançado
Estou Aqui, Agora, Sou Verbo Sou Ação

Não me diga o que fazer.
Antes, faça da sua vida uma Manifestação da Minha presença.

Seja Um Comigo
E não precisa mais procurar

sábado, 11 de julho de 2009

Sementeira

Ah! Bem que eu queria que tivéssemos destino traçado!
Até que em alguns períodos achei que era isso mesmo..tudo estava escrito.

Mas não é assim que penso com meu coração hoje.

Não existe certeza. Não existe lugar para se chegar. Não existe destino
Existem as sementes. Aquelas que todos os dias lançamos em nosso próprio solo.

Existe o cuidado. As sementes que vingarão serão as que foram adubadas, regadas, cuidadas.

Orar e Vigiar. Esse é um bom conselho.
Através da oração afirmamos o que realmente vai em nosso coração e clareamos algumas vezes o que está difuso.
A vigília é o jardineiro. Aquele que vai tirar as ervas daninhas, e que vai cuidar do que é imprescindível.

.Muitas vezes, a erva daninha teima em nascer de novo...mas é só porque não foi arrancada pela raiz.
Uma amiga querida, me disse que aprendeu essa lição cuidando de um jardim.
Á medida que ia tentando tirar as daninhas do local, começou a entender que até para isso é necessário esperar o tempo certo. Se ela tentava arrancar algumas que estavam muito pequenas, a raiz ficava e novamente a danadinha brotava.

Compreendo também que não são necessárias fórmulas complicadas, pra se chegar no simples. No Divino.
Não estou nem no começo, mas já sei que preciso agora cuidar das sementes. O que virá depois, quem sabe?
Sei também que não é mais possível não cuidar das sementes..porque já dei o primeiro passo e o processo é lento, mas não pode ser abandonado.
Porque Eu, a Semente, o Processo..somo todos um.
Não há separação

Trago em mim a Semente que Lancei ontem achando que a colheita seria à parte de mim mesma.
Hoje sei que sou o solo , a Semente, o Jardineiro e a Erva Daninha.

Fraternalmente
Jane

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Hoje cedinho

Seu riso entrou no meu quarto e pousou no meu ombro
Feito passarinho

domingo, 5 de julho de 2009

E por falar em silencio...

E por falar em silêncio....

Num dia que poderia ser como um dia qualquer,que poderia ser um dia como tantos que escorrem entre os dedos, por que temos pressa e temos coisas demais pra fazer, que eu resolvi parar.

Resolvi que a minha vida não continuará apoiada num antes ou num depois.
Resolvi que mesmo que mil vezes eu me esqueça, por mil vezes, vou recordar.
Que a vida é agora.
Exatamente nesse momento que tento transbordar pelos dedos o que sinto.
É que minha vida acontece.


.Resolvi silenciar, porque é no silencio das pausas que a verdade se mostra.
É na fala descansada que repousa o verbo que cria, que constrói
É em olhares que se demoram, pelo simples fato de não terem pressa nenhuma que o bem querer transborda.
E que podemos realmente nos encontrar.Conosco e com outros que são um pedaço de nós.


E essas resoluções não fazem sentido em outro lugar que não seja em mim.

Historinha de todo dia

Certo dia, Mamãe Natureza, cansada das estripolias de seus caçulas, aqueles que chegaram depois, resolveu “fazer greve”

Dona Bananeira, com seus cachos amarelinhos aderiu e não deu mais frutos, assim também fizeram a macieira, o pessegueiro e todos os que fazem parte do grande pomar.

Todas as verdurinhas, sempre enfileiradinhas, resolveram que também deveriam protestar contra tanto veneno e por seus semelhantes que foram colhidos e nem chegaram ao seu objetivo, pois o transporte inadequado, a distância exagerada não permitiu que o sr. Alface e o sr. Couve finalizassem sua missão..Pobrezinhos, amarelaram e foram descartados.

As árvores, cansadas de verem suas irmãzinhas tombarem ao lado, simplesmente porque o homenzinho com a serra precisa de mais espaço, resolveram que também não iriam mais dar sombra nem seiva, nem nada.

O Sr. Rio, em uma de suas conversas com o sr. Oceano , falou de sua tristeza, de sua falta de oxigênio, por tanta poluição, tanto desrespeito...sr. Oceano acenou e disse : vamos guardar todos os peixinhos...daqui ninguém sai ! Nem onda eu não faço mais.

E assim foi...os pássaros silenciaram, em respeito aos irmãos presos em gaiolas minúsculas e não se ouviu mais nenhum pio.
Nenhum grilo
Nenhum sapinho sequer.

E o Mundo todo virou um silêncio só...

O Homem, passou correndo e nem ligou. Depois passou de novo e parou pra olhar.
Olhou e viu que de nada valia seu talão de cheques e sua carteira. De nada valia a poltrona hiper mega confortável ou sua televisão 42 polegadas com mil e uma funções.

Ele estava só. Só com todos os seus semelhantes igualmente sós.

Não havia alimento, não havia sombra, não havia nada.Somente concreto e silêncio...


...Essa história poderia continuar e ter um final feliz. Mas resolvi que acaba aqui.
Vamos deixar de lado teorias sobre o meio Ambiente e partir para a preservação do Planeta. Vamos reciclar lixo!
Comprar alimentos locais e com menos embalagens!
Vamos parar de nos entupir de novos produtos, novos modelos..
Evite as sacolinhas de plásticos descartáveis.
Uso consciente da água e conscientização dos que ainda não perceberam.
Repensar a necessidade real do consumo da carne. Será que não existe algo mais envolvido do que a satisfação do paladar? Será que não estamos gerando sofrimento e morte?

Pensar seriamente na interdependência de todos os seres que habitam o Planeta. Estamos todos no mesmo barco. E a mudança depende única e exclusivamente de cada indivíduo.Cada ação. Cada vontade.
Se você chegou até aqui é porque faz parte de uma grande irmandade que se preocupa sim!
Que age. Que questiona. Que trabalha para um mundo melhor. Através de uma ação, uma palavra, um posicionamento.E se não faz ainda...a hora é essa.O convite está feito.

Jane