sábado, 26 de setembro de 2009

Do centro

Dificil definir afinidade
Difícil entender como reconhecemos entre tantos olhos
Os que brilharão para nós
Mas reconhecemos

A maior alegria é encontrar uma alma que nos entenda
Que sem precisar articular uma única palavra
Consegue fazer o mais belo discurso
Falando lá no fundo do coração
Através de uma doce brisa que refresca os dias sufocantes

Difícil entender como é que a Vida conspira para que um Ser
Que tem o brilho que iluminará a nossa alma.
Vai nos encontrar..já que somos tantos e estamos por todos os lugares
Somos muitos, somos semelhantes, mas nos reconhecemos em alguns

É como um doce canto, que vem de longe, de tempos distantes
De um lugar que não sabemos, mas que reconhecemos como nosso
É a celebração da Vida, pulsante, teimosa na afirmação do Amor sem fronteiras


Torço para que cada um possa ter amigos de alma
Amores de alma
Irmãos de alma
Não existe riqueza maior..não há experiência mais próxima do grande Ser
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

E quando paira o Espirito
O vento para
O silencio ecoa
Dádivas são comuns

Quando paira o Espírito das águas
Dos bosques e das borboletas

Todos se curvam à sua beleza extremada
À sua brancura infinita

Todos os anjos e serafins se calam

As estrelas abrandam seu cintilar

Tudo fica assim,

Quieto.

Pois quando fala o Espírito das águas e dos ventos,
Todos estão na sua voz

Os cantos se revelam
O escondido, o inexcrutável se expõe

Pois, diante do Espírito
Nada pode ficar na sombra.
Tudo é luz
Tudo é honra
Tudo é graça
Diante do Grande Espírito.

Cotidiano

Amores, contas, credos,
Fila, demora, paciência
Pressa,pressa,pressa.

Enquanto me distraio

A vida passa

Passa por fora,além adiante

Passa por mim e não vejo

Sol, céu, beijo,
Sonho, frase, refrão
Crio o que imagino
Coisas ,coisas, coisas

Enquanto me distraio

A vida foge..foge e não pego

Vazio, busca em vão

Enquanto procuro Não acho

Talvez ela esteja aqui, perene
Simples mente.

domingo, 20 de setembro de 2009

Destoa alma minha! Destoa pra eu saber-te aí
E o perfume escorre da ponta dos dedos..

Através da sombra o contorno
Através da duvida, a certeza
Através da queda, o chão

O que brota, o que nasce

No fundo do fundo do centro

As voltas sem nome, os descaminhos, as direções

Tudo que não sou eu. E faz parte de mim

As rotas traçadas , incertas passadas, que me levam que me trazem

Ingratos sabores, que me prendem na paisagem

E me fazem acreditar que eu quero assim

Ingênua conclusão

Do sim e do não

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Até que a calma se achegue
Até que o colo te esquente
Fica aqui...

Não temos nenhuma ordem
Absolutamente nada tem que ser

Somente fique aqui
Se aquiete

Nada está totalmente certo ou errado
Ninguém está pronto
Estamos todos caminhando..cada um com seu passo

Tem pé de valsa
Tem pé de vento
Todos caminham, e o destino
Não tem pressa

Amor não tem pressa.

Então fique aqui
Vamos conversar à toa no sofá
Falar de coisas simples, da chuva e do som do violão

Nada mais é tão importante.

Quanto o som da sua risada e um beijo estalado na sua bochecha
Intrinsecamente
Estamos nós
Mas somos sós

E diante dessa realidade absurdamente cruel
Procuramos mãos
Procuramos sons

Buscamos entre suspiros de cansaço mostrar que não é assim
Mas somos sós

Somos individualidades que se procuram
Uns nos outros
Belo será o dia em que pudermos compreender....

Que não posso refletir meu brilho em outro espelho
Eu aqui, só me encontro em Mim.

domingo, 13 de setembro de 2009

Hora de perceber
Que a calma está
Que a Força proverá
Que a Alma benta se move em mim, e dança ao sopro do vento

Hora de olhar pra dentro
E saber-se capaz de acalanto

Não basta a procura
Não basta a andança, não basta

Não basta alegria volátil, quero a certeza perene
Certeza de que incerto é o dia, e que o rumo sou Eu

E que todas as quedas, todas as mascaras, tudo que é turvo
Se desfaz.

No exato momento que eu Volto pra Mim.
Dia inteiro, Dia de Graça
Dia todo Meu pra dizer que o dia é assim Azul

Pisa o Pé o barro de ontem
Faz festa com a graça de que o que ta sujo, se lava.

E pra dizer que o dia é assim Azul

Casa pronta, Janela aberta

Abre o Sol que esquenta o rosto, a roupa, a rusga, o incerto

Abre o Sol pra dizer que o dia pode ser assim Azul

Me abre o Sol pra dizer que eu sou Assim, Eu Sou..

Clara visão da manhã de todos os dias , de todos os dias que são assim

Clareia minha visão pra eu saber que todos os dias são assim Azuis.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Conhecimento alheio deve ser sempre o farol, nunca o porto

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fio da Navalha

Nem antes, nem depois

Minha insistência é no agora.No chão, na chuva, no riso, no choro. Tudo que se passa

Nem passou
Nem passará

fruto que ainda não deu ainda é flor.


Borboleta que ainda não voou é lagarta..(Nada contra as lagartas..até acho que são bem interessantes- mas estão lagartas, não borboletas)

Fogo no futuro é cinza, farinha no futuro é pão

Passado é o presente de ontem, não de hoje.

Compreender o fio da navalha , o exato momento em que me encontro, sem lembranças nem expectativas.

Ninguém pode ser feliz semana que vem.Ou já foi ou será. Quem é , está.